quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quase quase quase quase lá!


Segunda-feira... é já Segunda-feira!!!

Vou poder voltar a abraçar parte da minha família! É disfuncional... dá comigo em doida... mas é minha e eu adoro-a!

Em contagem decrescente :)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tudo o que é bom acaba depressa...


Foram poucos dias... mas foram grandes dias! Sábado... grande Sábado...
Por mais anos que viva nunca mais esqueço aquele Sábado!
Tive o prazer de o passar na companhia de 3 grandes amigos que já não via há mais de um ano... e tive o prazer ainda maior de constatar que por muito tempo que passe... a amizade é a mesma... às vezes um pouco empoeirada, é certo, mais escondida, também é certo, mas continua lá!
E como se isso não bastasse, ainda fui com esses grandes amigos ver um grande concerto de um grande grupo!
Tinha grandes expectativas para Sábado... mas foi bem melhor do que o que podia imaginar!
Agora resta a angústia... também ela grande... de saber que mais um ano terá que passar até poder voltar a vê-los...
São pessoas únicas e insubstituíveis...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Porque hoje é um dia especial...


... estou assim ;)

Vou revê-los ao fim de mais de um ano de espera... vou revê-los... aqueles que um dia foram a minha família... vou revê-los... aqueles que apesar de estarem longe... estão sempre perto... vou revê-los... aqueles que foram, são e sempre serão os meus melhores amigos ;)*

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sei que já o pus aqui... mas apeteceu-me repetir-me ;)


Fernando Pessoa - Dedicatória aos Amigos...

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! "
Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"




segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quase quase quase :)

"I just want to scream... hello... my god it's been so long... never dreamed you'd return! But now here you are... and here I am... hearts and thoughts they fade... away!"

Pearl Jam

segunda-feira, 22 de março de 2010

Porque me apetece

Lágrimas ocultas  
Se me ponho a cismar em outras eras 
Em que ri e cantei, em que era querida, 
Parece-me que foi noutras esferas, 
Parece-me que foi numa outra vida...  
E a minha triste boca dolorida, 
Que dantes tinha o rir das primaveras, 
Esbate as linhas graves e severas 
E cai num abandono de esquecida!  
E fico, pensativa, olhando o vago... 
Toma a brandura plácida dum lago 
O meu rosto de monja de marfim...  
E as lágrimas que choro, branca e calma, 
Ninguém as vê brotar dentro da alma! 
Ninguém as vê cair dentro de mim!                               

Florbela Espanca 

domingo, 21 de março de 2010

Hoje sou um grande "?"

Esta Velha Angústia

Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.

Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.

Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer —
Júpiter, Jeová, a Humanidade —
Qualquer serviria,
Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?

Estala, coração de vidro pintado!

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa